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História da cidade de Alcântaras

Brasão da cidade de AlcântarasNesta página, você alcantarense ficará conhecendo um pouco mais da história da sua cidade. Leia com atenção.

Foi dado ao município o nome Alcântaras em homenagem à primeira família que se instalou no lugarejo. Muitos espanhóis emigraram de Portugal e deste a Colonia Brasil no período de 1580 a 1640, quando a Espanha se encontrava senhora das América do Sul e Central. Uma grande família vindo de Alcântaras (Espanha) ao Pernambuco, desbravando o cordão da lbiapaba chegou ao Ceará por volta de 1880. Como os espanhóis eram navegadores e descobridores, e por interesses religiosos e mercantilistas, resolveram organizar grupos e seguir caminhos diferentes. Um grupo seguiu para o Maranhão, fundando Alcântara. Outro grupo afastando-se do Piauí, penetrando o sertão, chegou nas Pedrinhas (Moraujo). Outro grupo, dando continuidade ao domínio de terras, chegou na região em 1883, fundando o Sitio São José. Fixaram residência no Sitio Três Irmãos: Pedro de Alcântara, Adelino de Alcântara e Antônio de Alcântara, que aqui chegaram com suas respectivas famílias. Do desmembramento destas famílias, vieram todos os Alcântaras da região. Estes pioneiros construíram no meio das montanhas as primeiras casas de taipa, cobertas de palha. Dentre os descendentes dos patriarcas e fundadores, destaca-se Antônio Ribeiro de Alcântara, pai de João Capistrano de Alcântara. Segundo a tradição oral, Alcântaras era quase um deserto. Um lugar completamente seco, que para as construções de casas era necessário molhar o barro com mandiopeira (liquido extraído da mandioca). Sendo Capistrano um homem de muita fé, resolveu construir uma igreja para seu povo, em homenagem a São João, devido ao nome do lugarejo. Só que seus planos tomaram rumos diferentes, quando em 1906 ocorreu uma seca muito grande. Devoto de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Capistrano passou a valer-se dela, pedindo-lhe que se fizesse brotar naquele lugar alguma fonte d'água, em troca ergueria uma capela em sua homenagem. No ano seguinte, 1907, o milagre aconteceu; o inverno muito bom, aparecendo jorras d'água e correntes de riachos. Surgiram fontes permanentes que até hoje brotam água de inverno a inverno (Riacho Pau Ferrado e Bica do Pinga). Para cumprir sua promessa, Capistrano foi ao Ceará falar com o Bispo a fim de conseguir liberação para construir uma igreja. Na ocasião, fizera a doação de sua casa de morada e de toda sua produção e mais 70 braças de terra de frente, por 600 de fundos para a formação do patrimônio. Como o casal não tinha filhos, todos os bens ficariam para a capela após a sua morte. Francisco Guilherme de Alcântara e sua esposa Ermelinda Emília de Alcântara também contribuíram para a formação da capela, fazendo uma doação de 30 braços de terra de frente, por 600 de fundo, totalizando 100 braços de terra de frente, por 600 de fundos a propriedade territorial da igreja. A padroeira foi venerada através de um pequeno quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que Capistrano tinha em sua casa. Este quadro ainda hoje é venerado no altar feito especialmente para ele, na antiga sacristia. Em 1913, foi encomendado na Espanha a imagem da mesma Santa medindo 80 cm de altura. Esta, até hoje, é venerada na igreja do mesmo nome. A festa da padroeira é celebrada no mês de outubro, mais precisamente na última semana. Após a morte de Capistrano, os Alcântaras ficaram donatários da redondeza serrana, exceto da parte doada para a igreja.

Fonte

Alcântaras (CE). Prefeitura (Acervo Histórico do Município). Disponível em: http://www.alcantaras.ce.gov.br/informa.php?id=15. Acesso em: set. 2017.

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