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Quando os devassadores do sertão central do Ceará penetraram na zona compreendida pelo município de Quixadá, encontraram-na senhoreada pelos índios canindés e genipapos, pertencentes ao grupo dos Tarariús. Tudo indica que essas tribos estiveram aldeadas, na primeira metade da era de seiscentos, na zona montanhosa a sudoeste da atual cidade de Quixadá, onde existiu a primitiva missão de Nossa Senhora da Palma. Posteriormente transferida para a serra de Baturité, essa missão deu origem à vila Monte-Mor-o-Novo-da-América, fundada em 1764. A colonização da área estudada efetuou-se através de movimento de penetração que, partindo do Jaguaribe, seguira o seu afluente Banabuiú e depois o Sitiá, tributário do Banabuiú, objetivando a conquista de nevas terras para a criação extensiva de gado. As primeiras sesmarias marginais do Sitiá, rio eminentemente quixadaense, foram concedidas, a partir de 1698, a elementos oriundos das vizinhas capitanias do Rio Grande, Paraíba e Pernambuco, de onde trouxeram suas sementes de gado. Em razão, porém, da resistência do íncola e de outras dificuldades, várias das primitivas concessões caíram em comisso, dando lugar a novas datas, ao iniciar-se no século XVIII. Efetivamente, a ocupação das terras só teve início em 1705, quando Manoel Gomes de Oliveira, André Moreira Barros e outros nelas conseguiram penetrar, vencida a hostilidade indígena . Em 1641, Manoel da Silva Lima, alegando haver descoberto dois olhos d'água nas ilhargas do Sitiá, requereu e obteve uma sesmaria medindo 'meia légua para cada banda do riacho e três de comprido por ele acima, pegando nas testadas de Carlos Azevedo, fazendo pião na serra do Pico'. Essa terra de Carlos Azevedo compreendia o 'Sítio Quixadá', adquirido por compra conforme escritura de 18 de dezembro de 1728. É esta escritura o primeiro documento público em que aparece o topônimo de que se originou a atual forma gráfica de Quixadá.
Quixadá (CE). In: ENCICLOPÉDIA dos municípios brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1959. v. 16. p. 449-455. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv27295_16.pdf. Acesso em: ago. 2015.
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