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Nesta página, você tamandareense ficará conhecendo um pouco mais da história da sua cidade. Leia com atenção.
O município de Almirante Tamandaré tem seu desenvolvimento histórico ligado às explorações auríferas do sertão de Curitiba. Antes disso, porém, os seus mais antigos habitantes foram os índios Tinguis, os quais, conforme relato do historiador paranaense Romário Martins, 'dominavam, no século do descobrimento do sertão, os Campos de Curitiba, a partir da encosta ocidental da Serra do Mar (São José dos Pinhais, Piraquara, Campo Largo, Araucária, Tamandaré, Colombo, Campina Grande e Rio Branco).' Sobre eles, é ainda o mesmo historiador que nos esclarece: 'Os Tingüis (Tin gui = nariz afilado) não hostilizam os aventureiros pesquisadores e exploradores de ouro, que se estabeleceram com arraiais, no Atuba e na chapada do Cubatão, no início da formação de Curitiba. Deixaram-se ficar pelas imediações desses primeiros núcleos de população branca e foram serviçais das explorações auríferas, dos sítios de criação de gado, etc. Seus mestiços ainda constituem parte da população de vários municípios acima citados e se ufanam de sua ascendência. Assim, é inquestionável o fato desses silvícolas terem sido os primeiros senhores destas terras que, por sua índole dócil e pacífica, cederam depois aos brancos exploradores. Uma das primeiras bandeiras exploradoras de ouro de que temos notícia ter passado pelas terras de Tamandaré, conforme conta Alfredo Ellis Júnior, foi a comandada pelo famoso bandeirante Antônio Raposo Tavares, no ano de 1631. No entanto, o primeiro explorador aurífero a realmente estabelecer-se na região foi o Capitão Salvador Jorge Velho, sertanista de Rio Pardo, em 1680, por ocasião de suas pesquisas mineradoras que resultaram no chamado ' Descoberto da Conceição', no Quarteirão de Conceição, distrito de Campo Magro, segundo relata o historiador paulista Pedro Taques, confirmado por Ermelino Agostinho de Leão no seu 'Dicionário do Paraná'. Ainda hoje existem, naquela localidade, vestígios da exploração aurífera ali realizada por aquele sertanista e continuada, mais tarde, pelo Guarda-mór Francisco Martins Lustosa. Finda a febre do ouro, com o esgotar dos ricos filões, as pequenas povoações serviram apenas de local de descanso, para renovação de provisões e pousada para os tropeiros e seus animais, quando estes, provindos de São Paulo e a caminho da Província de São Pedro do Rio Grande, Uruguai ou Argentina - onde iam em busca de cavalos, muares ou gado bovino - ali resolviam acampar. Mais tarde, outros povoadores buscaram esta região. Não mais os aventureiros nômades, inconstantes e visionários do ciclo do ouro, mas pessoas afeitas ao trabalho, que buscavam a fertilidade destas terras com intenção de cultivo permanente e de trabalho honesto, para nela fixar-se e produzir concretamente, sem alimentar sonhos mirabolantes e devaneios visionários... assim, foram surgindo novas povoações, como Pacotuba, Botiatuba, Cercado, Mato Dentro e outras mais, muitas delas frutos da colonização alemã, italiana e polonesa, como Antonio Prado, Boixininga, Tranqueira, Lamenha Pequena, Lamenha Grande, Santa Gabriela, São Miguel etc. Com o desenvolvimento constante da região o Governo Provincial criou a Freguezia de Pacotuba, a pedido de seus habitantes. O progresso da região não cessa, havendo constante desenvolvimento dos povoados, particularmente do chamado Cercado, situado entre morros e às margens do aprazível Rio Barigüi. Mais tarde a povoação foi elevada à vila, em 1889, tendo sido o último município criado pelo regime monárquico no Paraná, desmembrado do Município de Curitiba. Em 1890 a vila passou a ser denominada ?Tamandaré', nome dado em homenagem a Joaquim Marques Lisboa, o consagrado Almirante Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil.
Fonte: Almirante de Tamandaré (PR). Prefeitura. 2015. Disponível em: http://tamandare.pr.gov.br/historia-do-municipio. Acesso em: jan. 2015.
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