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Nesta página, você enéas-marquense ficará conhecendo um pouco mais da história da sua cidade. Leia com atenção.
O Presidente Getúlio Vargas criou, em 1938, uma política oficial de expansão e alargamento efetivo das fronteiras agrícolas, com a chamada ?Marcha para o Oeste?. Começa assim o movimento de deslocamento de força de trabalho dentro do Brasil. E os primeiros beneficiados foram os jovens riograndenses e catarinenses, para os quais começava a faltar espaço nos minifúndios do Sul. Dando sequência à estratégia, o Presidente Vargas cria, em 1943, a Colônia Agrícola Nacional General Osório (Cango), para ocupar uma área de 350 mil hectares na região de Capanema, Barracão, Santo Antônio e Francisco Beltrão, numa faixa de 60 quilômetros junto à fronteira com a Argentina. Com essa medida, acomodava os grandes contingentes de jovens reservistas, filhos de agricultores do Sul que atenderam ao apelo da 'Marcha para o Oeste'. A Região Sudoeste do Paraná foi marcada por períodos de turbulência: a longa disputa do território com a Argentina; a disputa entre o Paraná e Santa Catarina com a Guerra do Contestado; a proposta de criação do Estado das Missões, englobando toda a região do Sudoeste; a disputa entre o Governo do Paraná e a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande; e a disputa em torno dos interesses da União, em que as concessões das glebas Missões e Chopim geraram dramáticas consequências, inclusive com o sacrifício de vidas. As turbulências continuaram com o desmembramento da região em favor do Território do Iguaçu, a disputa entre a CITLA (Clevelândia Industrial e Territorial) e o Governo Federal, culminando com o Levante de 1957, ou a Revolta dos Colonos. A Revolta dos Colonos possibilitou a posse definitiva da terra através da criação da GETSOP (Grupo Executivo de Terras do Sudoeste do Paraná), que definiu a questão da propriedade, demarcando lotes e titulando aos colonos que até então eram apenas posseiros. Em fins de 1947, José Penso mudava-se com a família e logo no ano seguinte chegava o irmão Florindo. Cada um tirou um sítio onde atualmente é o perímetro urbano de Enéas Marques. Na época, o Senhor Vitale Frâncio adquiriu um sítio dos irmãos Penso, lembra-se de que somente morava em Enéas Marques os irmãos Penso, Alfredo Croner e Amantino Duarte. A partir de 1948 é que as famílias Cattaneo, Bonetti e Koerich chegaram para a futura Enéas Marques. Em 1961, o povoado foi elevado à categoria de distrito administrativo com o nome de Jaracatiá, devido a um córrego que limita o perímetro urbano e pela existência em suas margens de grande quantidade de árvores conhecidas por esse nome. O topônimo é uma homenagem a Enéas Marques, que foi o representante do governo do estado junto ao GETSOP.
Enéas Marques (PR). Prefeitura. Disponível em: https://www.eneasmarques.pr.gov.br/municipio/historia-de-eneas-marques. Acesso em: maio 2017.
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