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Nesta página, você guaraqueçabano ficará conhecendo um pouco mais da história da sua cidade. Leia com atenção.
A história refere-se a presença dos portugueses em solo paranaense em 1545 em Superagui e entre 1550 e 1560 na Ilha da Cotinga. Posteriormente, na intenção de capturar índios para escravizá-los, portugueses, vindos do litoral paulista, chegaram à Baía de Guaraqueçaba e ali descobriram ouro nos rios Ribeira, Açungui e Serra Negra; fixaram-se na região, iniciando as atividades de mineração no Brasil. Em 1614, Diogo de Unhatte, tabelião da ouvidoria de São Vicente, obteve de Pero Cubas a sesmaria denominada Paranaguá, localizada entre os rios Ararapira e Superagui, atual município de Guaraqueçaba. O povoamento mais efetivo, pelos europeus, se deu no século XVII, através do capitão-mor Gabriel de Lara. Os missionários jesuítas, vindos de Cananéa fundaram no porto de Superagui, um estabelecimento agrícola e ao mesmo tempo religioso, para facilitar a catequese, visto que a população estava disseminada ao longo dos rios. Em 1838, Cypriano Custódio de Araújo e José Fernandes Corrêa construíram uma capela no morro de Guitumbé, sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Perdões. Em torno da Capela foram surgindo habitações e, em pouco tempo, nascia um povoado, elevado à freguesia em 1854, mas somente gozando do predicamento de vila, no ano de 1880. Em meados do século XIX, muitos imigrantes europeus, principalmente suíços, italianos e franceses, instalaram-se em Superagui, onde desenvolveram agricultura com uso de canais de irrigação. Produziram arroz, uva para fabricação de vinho, café e mandioca. A vila de Guaraqueçaba progredia no continente. As duas primeiras décadas do século XX foi o período da maior prosperidade em Guaraqueçaba, quando navios carregados de banana e madeira faziam linhas até Argentina e Paraguai. Nessa época, agricultores paulistas, em busca de terras férteis e baratas, criam as comunidades de Pedra Chata e Batuva. Mas, a crise ocorrida em 1929, refletiu também na região, causando dificuldades na economia agrícola, uma vez que era quase que totalmente voltada à exportação. Na década de 1940, alemães chegam a Serra Negra e Rio Bananal, instalando-se nessa região. As comunidades de Rio Verde e Rio Guaraqueçaba funcionavam como intermediárias à comercialização da banana, originaria da comunidade do Batuva, rio acima. Nos anos 1950, instalaram-se as primeiras fábricas de palmito e muitos agricultores migraram para o corte de palmito, diminuindo assim, o uso de parcelas de terra para agricultura. Com a abertura da rodovia ligando Guaraqueçaba a Antonina, única via de acesso terrestre à região, um novo processo de ocupação foi iniciada. O governo federal liberou créditos subsidiados e reduziu impostos para quem quisesse cultivar café, palmito e criar búfalos. Assim, muitos abriram suas áreas, venderam as madeiras, introduziram o búfalo (que degradou as florestas de planície) e não produziram, nem manejaram o café e o palmito. Somente nos anos 1980 reconheceu-se que o estímulo dado às atividades agrícolas convencionais sem fiscalização, acarretou a degradação e a acelerada descaracterização ambiental da região, assim como o empobrecimento gradual da população que ali morava, secularmente. A partir de então, valorizou-se a região de Guaraqueçaba procurando resguardá-la do uso indiscriminado, criando-se algumas Unidades de Conservação na intenção de disciplinar e orientar as atividades e valorizar o patrimônio natural existente. O topônimo é de origem indígena e significa: GUIRÁ ? a ave, a garça e QUIABA ? o sítio do seu pouso, o local dos seus ninhos.
Guaraqueçaba (PR). Prefeitura. Disponível em: https://www.guaraquecaba.pr.gov.br/?meio=614. Acesso em: jun. 2017.
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