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Nesta página, você socorrense ficará conhecendo um pouco mais da história da sua cidade. Leia com atenção.
A histografia sergipana nos mostra que o território de Sergipe era habitado por diversas tribos indígenas. Mott (1986) registra a presença de brancos, pardos, negros e índios na etnia sergipana, no século XVIII. Ressalta-se que cada um desses grupos tem suas peculiaridades culturais e contribuíram para a formação histórica da população dos diversos municípios sergipanos. Segundo indicações de Góis (1991), o espaço geográfico em que hoje se situam alguns municípios que faziam parte da micro-região da Cotinguiba (atual Litoral Sul), no século XVI, era habitado por índios da tribo tupinambá. Provavelmente a ocupação de Nossa Senhora do Socorro tenha ocorrido por volta do mesmo século, período em que se iniciou a colonização das terras da capitania de Sergipe Del Rey e fase em que a Coroa Portuguesa determinou o avanço da colonização sobre a capitania de Sergipe, em 1575 (OLIVA: 1991). Por outro lado, registra-se que, no ano de 1829, época em que Nossa Senhora do Socorro já era freguesia, ainda havia aldeias indígenas nessas mesmas localidades (MOTT. 1986). O espaço geográfico que hoje compreende a cidade de Nossa Senhora do Socorro, desde os primórdios de sua povoação, passou por mudanças de caráter religioso e jurídico similares às diversas cidades brasileiras. Neste sentido, a elevação do referido município às categorias de freguesia, vila e cidade, obedeceram a interesses jurídicos e de ordem religiosa. No século XVIII, a cidade formava um núcleo demográfico de aproximadamente três mil habitantes, tendo por atividade econômica a plantação de mandioca e cana-de-açúcar. Esse núcleo foi elevado à categoria de freguesia em 1718, por decisão do Arcebispo da Bahia Dom Sebastião Monteiro da Vide, passando a ser denominada Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba, e pertencendo, nesse período, à vila de Santo Amaro das Brotas. A probabilidade de um crescimento demográfico da freguesia e a falta de uma capela impossibilitava o pároco de realizar um atendimento regular e eficiente aos fieis, impedindo-o de exercer suas atividades eclesiásticas na freguesia de origem e obrigando-o a se deslocar para outras localidades. Com a criação da vila de Laranjeiras, em 1832, o território da freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba, passou a fazer parte da nova vila. Este fato levou os socorrenses a protestarem e a lutar por sua autonomia político-administrativa. Conseqüentemente esta autonomia daria à freguesia sua elevação à categoria de vila. A condição de vila foi alcançada em 1835, período marcado pela sua emancipação política e pelo conseqüente desligamento da vila de Laranjeiras. No Início do século XVIII, a freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba tinha como monumento religioso uma capela cujo nome era o mesmo da vila. Porém só em 1864, a capela tornou-se Matriz. Frisa-se, no entanto, que mesmo conquistando sua emancipação política, foi após a edificação da Matriz que Socorro conseguiu sua autonomia religiosa, ficando reconhecida como freguesia pelo estatuto religioso e como vila pelo estatuto político-administrativo. A igreja Matriz de Nossa Senhora do Socorro não dispõe de documentação sobre a sua construção. Na soleira da sacristia, à direita, há uma inscrição com a data de 1714. E, segundo Germain Bazin, a igreja é um exemplar tardio do estilo barroco.
Nossa Senhora do Socorro (SE). Prefeitura. 2015. Disponível em: http://www.socorro.se.gov.br/a-cidade. Acesso em: fev. 2015.
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