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São Valério Tocantins-TO Na época da colonização, emissários da Coroa de Portugal, procedentes de Vila Boa de Goiás (Goiás Velho), Cavalcante, também em Goiás, passando por São João da Palma (Paranã), atravessando o rio Tocantins pelo 'Porto do rio Tocantins' (cidade de Peixe), depois o rio Manoel Alves, no local onde hoje se encontra o distrito de Apinajé, passando por Santa Rosa, rumo ao arraial de São Luiz (Natividade), que foi sede da Ouvidaria Geral da Capitania do Norte. Em tempos remotos, foi o 'caminho' por onde passou a imagem de nossa Senhora da Natividade, trazida em 1735, inicialmente em embarcação pelo rio Tocantins, depois nos ombros de escravos até o pé da Serra de Natividade. Desde 1806, Joaquim Theotônio, o Ouvidor Geral da Província de Goiaz, assim nomeado por D. Jão VI em 1804, com certeza também atravessou o rio Manoel Alves ali no Apinajé (no nordeste do município) que se tornou distrito de Natividade e depois de São Valério da Natividade. A primeira capela foi ali construída em 1921, denominada igreja de Nossa Senhora do Terço, depois Nossa Senhora do Rosário. Seus primeiros moradores foram (ordem alfabética) Dona Ambrósia, Cecílio Marques, Dona Francelina, Dona Gertrudes, Gumercindo Barreira de Macedo, Luis Pinto Cerqueira, Raimundo Coreiro ( o que comprava couro), Teodoro Barreira e sua mulher Dona Joaninha (a parteira) e outros. Outro caminho antigo ( bem ao sul) era o que, partindo de São João da Palma ( Paranã) seguia para leste, rumo à 'Contagem do Príncipe' ( posto de tributação de gado em trânsito de uma capitania para outra e dali para Natividade. No meio do caminho surgiu um aglomerado humano, denominado Serrinha, hoje Serranopólis, cujos pioneiros foram (ordem alfabética): Benedito Sarzeda, que organizava as folias em prol da construção da capela de São Bom Jesus, no centro do arraial da serrinha, João Durêncio, Joaquim Bento, primeiro comerciante, Luis Catarino, Martins, a professora Nicaci, Petrolino Gonzaga e outros. O tempo passou e um novo caminho central foi sendo desenhado a partir de Peixe rumo a Natividade, antes da construção da ponte José Sarney, passando (e parando) no famoso 'restaurante da baiana' de propriedade de Maria Alves da Silva e Du Reis, atravessando em balsa o rio Tocantins. Este trecho foi incluído no traçado original da rodovia federal BR-242, obra idealizada ainda no governo Jusceklino Kubitschek, ligando o porto de Salvador na Bahia à BR-163, no Mato Grosso, numa extensão de 2115 km, dos quais 500km dentro do então Estado de Goiás, hoje Tocantins, incluindo a travessia da Ilha do Bananal. No ano de 1971, o fazendeiro Jão Sobrinho cedeu uma área em sua fazenda á margem desta rodovia em um local distante, questão de mil metros, da margem direita do rio São Valério. Nesse local, com ajuda de sua família, ergueu uma edificação rústica e foi buscar Abias Milarindo de Castro, que veio do povoado Romão, para ministrar aulas de alfabetização aos filhos dos moradores da fazenda Garroba e também da redondeza, tornando-se o primeiro morador que, em 7 de junho de 1971 cumpriu seu primeiro dia de professor. Famílias vindas da Bahia, do Maranhão, do Piauí e de Goiás foram chegando e construindo suas moradias em adobe, cobertas com palha de buriti, dando origem ao povoado de Goianorte, em território nativitano. Dedicavam-se ao cultivo de pequenas roças de arroz, milho, mandioca, feijão, banana, cana-de-açúcar, amendoim e a criação, extensiva de gado. Dentre eles, Anísio Barbosa Bonfim, Augusta Lopes Araújo Reis, Bonfim Pereira dos Reis, conhecido por Bonfim Zoião, Claro Moura da Silva, Domingos Gonzaga, Elmira Lopes, Euclides Lopes, gerente da Casego, João Sobrinho, que construiu a primeira escola, Dona Isabel Bispo, mãe do outro Euclides, José Rodrigues, conhecido por Zé Primeiro por ter sido o primeiro comerciante, Manezinho Frandeiro, Manoel Mineiro, o segundo comerciante, estabelecido onde hoje se encontra o Bazar Soares, o comerciante Nené Velho, Pedro Rones da rodoviária. Raimundo Rabelo, Ramiro, sogro do Manoel Mineiro, Rochão e outros. O transporte era difícil e se fazia também em canoas pelo rio São Valério. João Sobrinho doou uma área da mesma fazenda para que fosse erguida a capela de Santo Antônio, onde se iniciaram as novenas e as festas do padroeiro Santo Antônio, onde o Padre Faustino rezou a primeira missa. Em meados da década de 1970, com a construção da escola Municipal José Lopes Chaves, a escolinha do professor Abias deu lugar a ' casa do motor-gerador de energia', que funcionava nos dias úteis apenas das 18h00 ás 22h00; em finais de semana e véspera de feriados até meia noite. Atraídos por boas terras, ainda a preços acessíveis, agricultores de outros estados foram chegando: gaúchos, mineiros, paranaenses, paulistas e goianos também. A construção da ponte sobre o rio Manoel Alves, ligando Goinorte a Natividade, já havia melhorado a comunicação e os transporte da região, mas o povo continuava em busca da emancipação. Formação Administrativa Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de São Valério da Natividade, pela lei estadual nº 10420, de 01-01-1988, desmembrado de Natividade. Sede no atual distrito de São Valério da Natividade. Constituído do distrito sede, instalado em 01-01-1989. Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Em 14 de dezembro de 2007, pela Lei Estadual n° 1.865, altera a toponímia para São Valério Alteração toponímica municipal São Valério da Natividade para São Valério , alterado pela Lei Estadual n°1.865, de 14/12/2007
Halum, Cézar Hanna Municípios tocantinenses-suas origens, seus/Cezar Hanna Halum.-Palmas: Provisão, 2008.(com adptação) 362p.:il Prefeitura Municipal
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