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História da cidade de Teófilo Otoni

Brasão da cidade de Teófilo OtoniNesta página, você teófilo-otonense ficará conhecendo um pouco mais da história da sua cidade. Leia com atenção.

A região que compreende o território do município de Teófilo Otoni começou a despertar a atenção dos portugueses, logo após o descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral, em 1500. A preocupação maior era constatarem a existência do ouro e do diamante na terra desconhecida. De indagação em indagação, vieram a ter notícias, por intermédio dos silvícolas, de uma ?Serra das Esmeraldas?, situada no nordeste de Minas Gerais D. João III, pensando nos milhões que poderia adquirir o seu reino se tal fato viesse a se confirmar, organizou expedições para visitarem essas terras. A primeira data de 1550, tendo sido chefiada por Martim Carvalho. Devido aos inúmeros obstáculos, essa expedição regressou, sem ter conseguido alcançar o seu objetivo, que era positivar a realidade da ?Serra das Esmeraldas?. Seguiram-se as de Sebastião Fernandes Tourinho, em 1573, e Antônio Dias Adorno, em 1580. Ambas limitaram-se ao conhecimento da região. Data de 1752 a fixação do ambiente mais antigo da região: Mestre de Campo João da Silva Guimarães. Em seguida, surge a Fazenda Mestre Campo, aberta pelo Sr. Antônio José Coelho. Hoje, essa fazenda é sede da Colônia Francisco Sá, que é habitada por colonos nacionais, alemães, austríacos e outros. Em 1836, o engenheiro Victor Renault, em demorada excursão, percorreu os vales dos rios Todos os Santos e Mucuri e, tendo atingido a foz do último no Oceano, no Estado da Bahia, regressou. Felizmente, nascera na cidade do Serro, neste Estado, em 27 de novembro de 1807, Teófilo B. Otoni. Desejando desbravar e colonizar a região do Mucuri, ele organizou, em 1847, a Companhia de Comércio e Navegação do Mucuri, que imediatamente entrou no plano das realizações. Entre as suas aspirações, incluía-se a fundação de uma cidade que se tornasse o centro propulsor e distribuidor do progresso no norte de Minas Gerais. No ano de 1847, Theophilo B. Ottoni projetou ligar o nordeste mineiro com o litoral de Brasil, através da densa floresta, dos chapados e serras que acompanham a costa brasileira de norte a sul. Para esse fim organizou duas grandes expedições. Uma delas partiria de Santa Cruz do Rio Preto e a outra avançaria Mucuri acima. Em 1851, Theophilo B. Ottoni fundou no Rio de Janeiro a ?Companhia Mucuri?, a qual haveria de organizar o transporte fluvial e terrestre, bem como explorar a região. Como em 1847, ele combina o encontro de duas expedições: uma saindo do Alto dos Bois, levando a incumbência de localizar o rio Todos os Santos ? que tinha a fama de ser prodígio em ouro e diamantes - e segui-lo até sua desembocadura no Mucuri; e outra que, partindo de Santa Clara, se dirigia para o mesmo local. A primeira era chefiada por seu primo Dr. Manuel Esteves Ottoni. A segunda era dirigida por ele mesmo e por um cunhado, Joaquim José de Araújo Maia. Um dia, num ponto a cerca de 200 km de distância de Santa Clara, avistaram uma planície com bom clima e terra fértil. Theophilo B. Ottoni diz: ?Aqui farei a minha Filadélfia!? - nome que ocorreu a Theophilo B. Ottoni em virtude da grande e rápida prosperidade alcançada pela cidade norte-americana que leva ainda hoje o mesmo nome. No aniversário da Independência, no dia 7 de setembro de 1853, Theophilo B. Ottoni faz a inauguração de Filadélfia como centro das colônias do Mucuri. Ele escolhera a data de propósito, na intenção de brindar o grande dia com uma nova cidade. Na pequena capela, futura matriz, foi realizada a primeira missa em Filadélfia. As imagens sagradas são as do antigo oratório de Manuel Vieira Ottoni, o fundador de Vila do Príncipe. Os primeiros habitantes das terras de Teófilo Otoni foram indígenas descendentes dos Tapuias. Em 1922 havia ainda uma derradeira taba de índios Machacalis, localizada nas nascentes do ribeirão Imburanas, habitada por 15 a 18 famílias. A partir daí o estadista colonizador abraçou com entusiasmo a idéia de estabelecer núcleos coloniais, que seriam confiados a imigrantes europeus, particularmente germânicos. Um dos passos decisivos nesse sentido foi o apoio que o Governo Imperial assegurou ao empreendimento. Já em 1854, erguiam-se grandes armazéns em Filadélfia e Santa Clara, e procedia-se à abertura da estrada, que quatro anos mais tarde acabaria de ligar esses dois povoados. Em 1856, chegavam os primeiros colonos suíços e alemães como conseqüência de anúncio que Theophilo B. Ottoni mandou publicar em jornais da Alemanha, pela firma Scholobach e Morgenster, convidando colonizadores, que teriam aqui amparo em todos os sentidos por parte da ?Companhia Mucuri?. Mal chegados os primeiros imigrantes, a companhia lhes confiou empreendimento comum: trabalhar na estrada que ligaria Filadélfia à Santa Clara. Só depois de acabada esta obra, em 1858, cada qual poderia tomar posse de sua cota de terras. A estrada de Santa Clara - Filadélfia, primeira rodovia do interior do Brasil, foi inaugurada em agosto de 1857 e era a via ápia do Mucuri. Por ela trafegava, em 1859, mais de 40 carros particulares puxados por bestas, 200 carros de boi e 400 lotes de burros. A estrada tinha uma extensão de cerca de 170km. Naquela época, 1858, Filadélfia já acusava uma população de 600 habitantes, 129 casas residenciais e 12 estabelecimentos comerciais. Naquele tempo, a florescente Filadélfia sofria rude golpe com o êxodo de grande parte de seus primitivos habitantes, assustados com as epidemias tropicais e desiludidos com os poucos resultados de seu labor. Consta que aproximadamente a metade de todos os moradores abandonou a região. Em 1857, Filadélfia fora elevada a distrito e freguesia da comarca de Minas Novas. Em 1876, a freguesia foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Teófilo Otoni, em homenagem a seu fundador, vindo a ser instalada oficialmente em 1881.

Fonte

Teófilo Otoni (MG). Prefeitura. 2015. Disponível em: http://www.teofilootoni.mg.gov.br/site/sobre/historia/. Acesso em: mar. 2015.

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