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SANTOS DUMONT MINAS GERAIS Monografia - n.º 564 Ano: 1973 ASPECTOS HISTÓRICO O Desbravamento da região onde hoje se localiza o Município de Santos Dumont está ligado à abertura do 'Caminho Novo', obra iniciada por Garcia Rodrigues Pais, filho de Pais Leme, o famoso 'Caçador de Esmeraldas'' e que se destinava à penetração dos bandeirantes em busca de ouro e pedras preciosas. À margem do caminho foram concedidas terras pelo Governo da Metrópole, a quem quisesse cultiva-las, para garantir assim a obtenção de gêneros alimentícios pelos bandeirantes durante a longa jornada. A primeira sesmaria outorgada em terras do Município foi a de Domingos Gonçalves Ramos, em 26 de fevereiro de 1709, que ali se estabeleceu com a. família e dois genros - Pedro Alves de Oliveira e João Gonçalves Chaves. Em 9 de novembro de 1728, João Gomes Martins adquiriu parte dessa sesmaria - parte esta já então pertencente a João Gonçalves Chaves. Nas terras assim sucedidas, surgiram os primeiros ranchos em que se abrigavam os viajantes e nelas se foram desenvolvendo plantações e criações. As terras pertencentes a João Gomes Martins tornaram-se conhecidas como 'Roça de João Gomes' e correspondem ao bairro de João Gomes Velho, da atual cidade. Em data que não se pode precisar, foi erigida a primeira capela, à margem do 'Caminho Novo', dedicada a São Miguel e Almas, invocados, segundo a tradição. como protetores dos bandeirantes na perigosa travessia da Mantiqueira. Em 27 de fevereiro de 1788, a capela foi transferida para o interior da Roça de João Gomes, onde permaneceu durante 49 anos. Em virtude da Provisão de 27 de junho de 1827 voltou a ser erguida no primitivo lugar. A doadora do patrimônio da capela teria sido uma filha de João Gomes, de nome Palmira, dai se originando a denominação do povoado, quando elevado à categoria de vila. Entretanto só a 29 de dezembro de 1847 e que Manuel da Cunha Lima assinou documento de doação, tendo apresentado, a 19 de fevereiro de 1848. uma petição ao Juiz de Paz sobre o arruamento dos terrenos doados, alinhamento e construção das casas do arraial. Em 1867, foi criada a paróquia. O Município, com o nome de Palmira, surgiu em 1889. Em 1932, em homenagem ao seu ilustre filho Santos Dumont - o Pai da Aviação - foi-lhe mudado o topônimo para o atual. Formação Administrativa Pela Lei provincial n.° 1.458, de 31 de dezembro de 1867, a povoação foi elevada à categoria de distrito. Com sede na povoação de João Gomes e sob a designação de Palmira, foi criado o Município, pela Lei provincial n.° 3.712, de 27 de julho de 1889, com território desmembrado do de Barbacena. A instalação ocorreu no ano seguinte, a 15 de fevereiro. O Decreto estadual n.° 25 de 4 de março de 1890, passou a sede municipal à categoria de cidade. A mudança do nome do Município de Palmira para o de Santos Dumont deu-se por força do Decreto estadual n.° 10.447, de 31 de julho de 1932. Por ocasião do Recenseamento de 1960, o Município era composto de seis distritos: Santos Dumont, Aracitaba, Conceição do Formoso, Dores do Paraibuna, Eubanque e São João da Serra. Em 31 de dezembro de 1962, por força da Lei n.° 2.764 Santos Dumont sofreu o desmembramento dos distritos de Aracitaba e Ewbank da Câmara ( ex-Eubanque ), que se transformaram em novos municípios. Em 10 de novembro de 1890 foi criada a Comarca. por força do Decreto n.° 230. A ela se jurisdicionam os termos de Santos Dumont, Aracitaba e Ewbank da Câmara. É de 2.ª entrância.
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